
Após o Código Da Vinci, mais uma obra polêmica de Dan Brown é adaptada às telas do cinema. Dirigido por Ron Howard (Frost/Nixon, Uma Mente Brilhante, O Código Da Vinci, Cocoon, Apollo 13), Anjos e Demônios traz ao público mais um caso do Professor de Harvard, Robert Langdon, que, dessa vez, precisa desvendar um mistério no Vaticano, envolvendo a Igreja Católica e uma sociedade secreta extinta, na qual seus membros são chamados de “Illuminati”. Na trama, tal sociedade secreta ressurge para se vingar da Igreja Católica, que teria massacrado os Illuminati, há 400 anos. O conclave que elegerá o novo papa está sendo realizado no Vaticano, e quatro dos cardeais mais cotados para a sucessão são sequestrados. Robert Langdon precisa correr contra o tempo e desvendar as pistas e mistérios para resgatar os quatro cardeais e descobrir o refúgio secreto dos Illuminati, onde está localizada a chamada “anti-matéria” – uma poderosa fonte de energia que poderá explodir todo o Vaticano – que fora roubada de cientistas italianos. No elenco, Tom Hanks é mais uma vez o protagonista, dessa vez acompanhado por Ayelet Zurer (Vittoria Vetra), Ewan McGregor (Carmelengo Patrick McKenna) e Stelan Skarsgard (Comandante Ritcher).
Diferente da saga da literatura – na qual Anjos e Demônios precede o Código Da Vinci –, o novo filme é, de fato, o segundo da série, ou seja, acontece após o Código Da Vinci.
A versão cinematográfica de Anjos e Demônios não é muito fiel à obra da qual foi adaptada. Os fãs do livro de Dan Brown podem ficar um pouco decepcionados. É importante lembrar, contudo, que é praticamente impossível escrever um roteiro de cinema exatamente igual ao livro. Além do tempo – qualquer livro transformado em filme na íntegra duraria bem mais de duas horas – há cenas que simplesmente não ficam boas quando adaptadas ao cinema. Um exemplo do filme é a cena do helicóptero (quem leu o livro vai lembrar): na obra de Dan Brown, Robert Langdon está a bordo do helicóptero junto com o Carmelengo; no filme, porém, o Carmelengo decola sozinho – o que, convenhamos, foi bem melhor, porque no livro Langdon salta do helicóptero para se salvar. Quando lemos o livro, que conta com a descrição e a boa escrita de Dan Brown, a cena é convincente. Mas, no cinema, ficaria péssima e exagerada. Alguns nomes de personagens também foram modificados, o que não afeta a trama em si, mas pode incomodar os fãs dos livros.
Em termos cinematográficos, porém, o filme é muito bom. Os efeitos especiais são ótimos – principalmente na cena da explosão da antimatéria – e tenho certeza que os fãs assíduos do livro ficarão satisfeitos com esse aspecto. Foi necessário construir uma réplica em tamanho real da Praça de São Pedro, já que o Vaticano não concedeu sua permissão para que as cenas fossem gravadas no local. Então, a direção de arte merece os parabéns, porque o cenário ficou ótimo.
Anjos e Demônios é tão bom (ou melhor) quanto o Código Da Vinci, em termos de roteiro consistente, efeitos especiais, atuação, direção, câmeras. No entanto, se formos pensar nos livros, O Código Da Vinci foi melhor adaptado às telas, no que diz respeito à fidelidade à versão literária.
É a quarta vez que o diretor Ron Howard trabalha com Tom Hanks. Além de Anjos e Demônios, ambos trabalharam em O Código Da Vinci, Apollo 13 e Splash – Uma Sereia em Minha Vida. Tom Hanks também já havia trabalhado com Stelan Skarsgard, em Mamma Mia, filme no qual Tom Hanks foi produtor executivo.
Assista, abaixo, ao trailer do filme.




