
Quando ouvi falar no filme “Homem de Ferro” (Iron Man) pela primeira vez, não me empolguei muito. Isso é um fato raro, visto que, geralmente, tenho um enorme interesse por super-heróis. O Homem de Ferro, no entanto, nunca me cativou muito. Isso acabou de mudar, pois assisti ao filme dirigido por Jon Favreau.
O milionário Tony Stark (Robert Downey Jr.) é dono de uma empresa que fabrica armas de última tecnologia. Stark viaja à Ásia para fazer uma demonstração de um novo míssil criado pelas Indústrias Stark. No entanto, ele é raptado por uma facção terrorista, que o mantém em cativeiro e o obriga a construir uma arma destruidora. Ao invés disso, Stark decide enganar seus seqüestradores e constrói um traje de ferro, que o ajuda a escapar do cativeiro. Quando volta aos Estados Unidos, ele começa a trabalhar em uma versão mais avançada desse traje e o usa para combater o crime, criando, assim, o Homem de Ferro.
Os roteiristas Art Marcum, Matt Holloway, Mark Fergus e Hawk Otsby detiveram-se à história original dos gibis. A única mudança é que, nos quadrinhos, Tony Stark é capturado na Guerra do Vietnã. No filme, o cenário foi mudado para a Guerra do Iraque, para que ficasse mais “atual”.
O super herói é muito bem interpretado pelo ator Robert Downey Jr, que conseguiu aplicar a medida de humor exata ao personagem. Rimos com as falas de Tony Stark, mas também percebemos que, antes do seqüestro, ele não era exatamente o que poderia ser chamada de “pessoal exemplar”; afinal, ele construía armas devastadoras que tiravam inúmeras vidas, bebia excessivamente e era um típico “mulherengo”. O elenco também é composto por ótimos atores, como Gwyneth Paltrow e Terrence Howard.
O Homem de Ferro é mais um daqueles super-heróis que não sofreu uma alteração genética e nem nasceu com super poderes. Ele é como o Batman, ou o Arqueiro Verde: seu verdadeiro poder são seus bilhões de dólares.
Os efeitos especiais utilizados no filme são muito bons, além de as cenas terem sido cuidadosamente planejadas e editadas. De um modo geral, o longa metragem foi muito bem montado.
Além dos aspectos de qualidade do filme, essa foi a primeira produção Marvel Entertainment sem a participação de qualquer outra distribuidora. A idéia de fazer um filme sobre o Homem de Ferro vem sendo considerada desde 1999, quando Quentin Tarantino (conhecido pelos filmes Kill Bill Volumes 1 e 2) foi o primeiro convidado a escrever e dirigir o longa metragem.
Os atores Nicolas Cage e Tom Cruise chegaram a manifestar interesse em interpretar Tony Stark, mas o papel ficou para Robert Downey Jr, que, como já foi dito, fez um ótimo trabalho.
Talvez a grande sacada do diretor Jon Favreau (que, primeiramente, foi convidado para dirigir o filme do Capitão América, a ser lançado em 2009) foi ter rodado o filme na Califórnia. Afinal, o público não agüenta mais ver super-heróis salvando Nova Iorque.
O filme, portanto, acabou por me surpreender em vários aspectos. O que eu estava esperando que fosse ruim mostrou-se ser suficientemente bom. Sou obrigada a tirar o chapéu para Jon Favreau e Robert Downey Jr. E, definitivamente, passarei a respeitar mais o Homem de Ferro.

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