quarta-feira, 28 de maio de 2008

Indiana Jones Está de Volta




Após 19 anos, Steven Spielberg e George Lucas lançam Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull), o quarto filme da série.


A trama se passa no ano de 1957. Diferentemente dos outros capítulos, Indy (Harrison Ford) agora enfrenta os soviéticos, liderados por Irina Spalko (Cate Blanchett) – a “preferida” de Stalin. Após fugir de um encontro nada agradável com seus inimigos, Indy descobre que o governo americano (incluindo o FBI) o tem como suspeito, após suas ações relacionadas aos soviéticos. Jones, então, é demitido da faculdade e resolve sair da cidade. Ele conhece o jovem temperamental Mutt (Shia LaBeouf), que lhe faz uma proposta um tanto incomum: ajuda-lo a salvar a mãe (raptada no Peru) e encontrar a Caveira de Cristal de Akator, objeto almejado tanto por Jones quanto pelos soviéticos.


Certamente os fãs de Indiana Jones não vão se decepcionar com o novo filme, pois Spielberg e Lucas foram fiéis aos episódios anteriores. Há as mesmas pitadas de humor, as mesmas cenas de aventura (agora com um toque a mais da tecnologia), a mesma trilha sonora de John Williams e o mesmo mapa, no qual o avião deixa um rastro vermelho, mostrando por onde Indiana Jones viaja.


Um dos pontos mais fortes do filme é o fato que ninguém ignorou que os anos se passaram. Há até tiradas humorísticas em relação à idade – digamos assim – avançada de Indiana Jones.
O elenco recrutado para o filme é ótimo. Além de contar com o próprio Harrison Ford e Karen Allen (a Marion Ravenwood, de Os Caçadores da Arca Perdida), a obra também tem Cate Blanchett e Shia LaBeouf, que já havia trabalhado com Spielberg em Transformers, e em outros bons filmes, como Constantine e Eu, Robô. Na minha opinião, Shia LaBeouf é um dos nomes que tem futuro no cinema. E ele também não decepciona em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.


É importante dizer que esse filme tem um toque a mais de ficção que os outros; há fatos um tanto... sobrenaturais. Spielberg e Lucas ousaram no final. Apesar de resolver todos os enigmas da história, pode ser que haja quem não goste nem um pouco das soluções. Embora o final seja incomum, é criativo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Só Muda o Nome


Estreou, na sexta feira passada, o filme O Melhor Amigo da Noiva (Made of Honor), dirigido por Paul Weiland. Mas, quem já viu O Casamento do Meu Melhor Amigo ou similares, poderia dizer que também já assistiu ao Melhor Amigo da Noiva. Só muda o nome.

O filme conta a história de Tom (Patrick Dempsey) e Hannah (Michelle Monaghan), que são amigos inseparáveis desde os tempos da faculdade. Apesar das noitadas de Tom com diversas mulheres, os dois costumam sair todos os dias. No entanto, Hannah viaja a Escócia a trabalho, durante seis semanas. Nesse meio tempo, Tom descobre estar apaixonado por ela e decide pedi-la em casamento assim que ela voltar aos EUA. Porém, Hannah retorna na companhia de um duque escocês, seu noivo, e convida Tom para ser a “madrinha” do casamento. Relutantemente, ele aceita e ganha a missão de acabar com o casamento da amiga.

Apesar de o roteiro nos apresentar uma história bem comum, o público dá boas risadas com as cenas. Há piadas inteligentes, bem diferentes daquelas que vemos nos chamados “besteróis americanos”.

Paul Weiland fez um ótimo trabalho na direção. As cenas são bem montadas, e as câmeras foram muito bem usadas durante todo o filme. Um exemplo disso é a cena em que Tom descobre que sua melhor amiga vai se casar. Enquanto ela despeja todas aquelas informações sobre ele, a câmera começa a rodar em volta dos dois. O espectador começa a ficar confuso e atordoado, assim como o personagem Tom.

A fotografia – feita por Tony Pierce-Roberts – também é um ponto forte do filme. Na maioria do tempo, a trama se desenvolve na Escócia, com seus lindos campos, montanhas e lagos.

O Melhor Amigo da Noiva é mais um daqueles filminhos para relaxar e dar boas risadas. Mas, se você, leitor, estiver procurando algo com uma trama super bem elaborada e fortes emoções, esse não é o filme correto para se assistir.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Speed Racer e seu show de imagens


O filme Speed Racer pode não agradar a todos os públicos. Mas quem gostava do desenho animado – que foi ao ar no Brasil desde 1972 até 1994 – certamente irá ficar hipnotizado pelo filme. E não é para menos: Speed Racer é dirigido e escrito pelos irmãos Andy e Larry Wachowski, os famosos diretores da revolucionária trilogia Matrix.

Os irmãos Wachowski conseguiram fazer um filme que se parece com um desenho animado. O filme foi montado e editado exatamente como o desenho: câmeras que giram, cenas que mudam de forma inusitada. Parece realmente que estamos assistindo ao mesmo desenho japonês dos anos 90.


E não foi só o estilo do desenho que eles seguiram à risca. A história e os personagens também são os mesmos do desenho; embora, obviamente, a animação tivesse muito mais corridas e acontecimentos. O filme apresenta a infância de Speed Racer, seu sonho de correr, a paixão pela família, a admiração pelo irmão mais velho, e o sofrimento quando o mesmo morreu em um acidente durante uma corrida. A trama tem início quando Speed (Emile Hirsch) decide recusar uma proposta feita por Royalton (Roger Allam), dono das Indústrias Royalton, patrocinadora dos melhores corredores. Speed descobre que Royalton armava todas as grandes corridas de carro e decide se juntar ao seu inimigo, o Corredor X (Matthew Fox), para derrubar toda essa farsa. Para isso, ambos devem vencer o rally mundial, no qual o irmão de Speed, Rex, morreu.


O elenco ainda conta com grandes atores: Christina Ricci, John Goodman e Susan Sarandon são algumas personalidades que deram sua graça no filme.


A história, os personagens, e os segredos da trama, no entanto, não serão novidades para quem era fã do desenho, devido à fidelidade dos irmãos Wachowski. Mas certamente irão se surpreender com os efeitos visuais, se divertir com as trapalhadas de Gorducho e Zequinha, e certamente vão matar um pouco da saudade de Speed Racer.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O Surpreendente Homem de Ferro


Quando ouvi falar no filme “Homem de Ferro” (Iron Man) pela primeira vez, não me empolguei muito. Isso é um fato raro, visto que, geralmente, tenho um enorme interesse por super-heróis. O Homem de Ferro, no entanto, nunca me cativou muito. Isso acabou de mudar, pois assisti ao filme dirigido por Jon Favreau.
O milionário Tony Stark (Robert Downey Jr.) é dono de uma empresa que fabrica armas de última tecnologia. Stark viaja à Ásia para fazer uma demonstração de um novo míssil criado pelas Indústrias Stark. No entanto, ele é raptado por uma facção terrorista, que o mantém em cativeiro e o obriga a construir uma arma destruidora. Ao invés disso, Stark decide enganar seus seqüestradores e constrói um traje de ferro, que o ajuda a escapar do cativeiro. Quando volta aos Estados Unidos, ele começa a trabalhar em uma versão mais avançada desse traje e o usa para combater o crime, criando, assim, o Homem de Ferro.
Os roteiristas Art Marcum, Matt Holloway, Mark Fergus e Hawk Otsby detiveram-se à história original dos gibis. A única mudança é que, nos quadrinhos, Tony Stark é capturado na Guerra do Vietnã. No filme, o cenário foi mudado para a Guerra do Iraque, para que ficasse mais “atual”.
O super herói é muito bem interpretado pelo ator Robert Downey Jr, que conseguiu aplicar a medida de humor exata ao personagem. Rimos com as falas de Tony Stark, mas também percebemos que, antes do seqüestro, ele não era exatamente o que poderia ser chamada de “pessoal exemplar”; afinal, ele construía armas devastadoras que tiravam inúmeras vidas, bebia excessivamente e era um típico “mulherengo”. O elenco também é composto por ótimos atores, como Gwyneth Paltrow e Terrence Howard.
O Homem de Ferro é mais um daqueles super-heróis que não sofreu uma alteração genética e nem nasceu com super poderes. Ele é como o Batman, ou o Arqueiro Verde: seu verdadeiro poder são seus bilhões de dólares.
Os efeitos especiais utilizados no filme são muito bons, além de as cenas terem sido cuidadosamente planejadas e editadas. De um modo geral, o longa metragem foi muito bem montado.
Além dos aspectos de qualidade do filme, essa foi a primeira produção Marvel Entertainment sem a participação de qualquer outra distribuidora. A idéia de fazer um filme sobre o Homem de Ferro vem sendo considerada desde 1999, quando Quentin Tarantino (conhecido pelos filmes Kill Bill Volumes 1 e 2) foi o primeiro convidado a escrever e dirigir o longa metragem.
Os atores Nicolas Cage e Tom Cruise chegaram a manifestar interesse em interpretar Tony Stark, mas o papel ficou para Robert Downey Jr, que, como já foi dito, fez um ótimo trabalho.
Talvez a grande sacada do diretor Jon Favreau (que, primeiramente, foi convidado para dirigir o filme do Capitão América, a ser lançado em 2009) foi ter rodado o filme na Califórnia. Afinal, o público não agüenta mais ver super-heróis salvando Nova Iorque.
O filme, portanto, acabou por me surpreender em vários aspectos. O que eu estava esperando que fosse ruim mostrou-se ser suficientemente bom. Sou obrigada a tirar o chapéu para Jon Favreau e Robert Downey Jr. E, definitivamente, passarei a respeitar mais o Homem de Ferro.