
Imagine que seu nome é Wesley Gibson. Você tem vinte e cinco anos e nunca fez nada de que se orgulhasse. Você trabalha em uma empresa como gerente de contabilidade, sofre todos os dias com uma chefa – para dizer o mínimo – desagradável, e ganha mal. Você sabe que seu melhor amigo e sua namorada o traem pelas suas costas, mas você é simplesmente covarde demais para fazer algo a respeito. Para completar, você sofre de ataques de ansiedade regularmente e tem que levar uma caixinha com remédios aonde quer que vá.
Essa é a vida do protagonista de O Procurado, interpretado por James McAvoy (o mesmo ator que interpretou o ingênuo médico Nicholas, em O Último Rei da Escócia). Essa vida, no entanto, está com os dias contados. Tudo vira de pernas para o ar quando ele descobre que seu pai pertencia a uma sociedade secreta chamada Fraternidade. Todos os membros de tal sociedade são assassinos altamente treinados, que matam pessoas que trariam desequilíbrio à humanidade. O pai de Wesley era um dos melhores e mais capazes assassinos; no entanto, ele é morto por Cross, que havia abandonado a Fraternidade e agora matava os membros um a um. Wesley é então recrutado pela bela Fox (Angelina Jolie), também pertencente à sociedade, e sua missão é matar o assassino de seu pai.
O Procurado é dirigido por Timur Bekmambetov e foi adaptado de quadrinhos criados por Mark Millar e J.G.Jones. A história, em si, não é das melhores. As cenas, no entanto, são incríveis – dignas de serem comparadas com a trilogia Matrix. Bekmambetov cuidou até dos mínimos detalhes – como a veia pulsante da testa de Wesley, nas cenas de ação. O departamento de efeitos especiais e visuais está mais do que de parabéns.
O Procurado está longe de ser classificado como “filmão”, em questões de roteiro e atuações (Angelina Jolie aparece com uma versão mais pesada da Sra. Smith, e Morgan Freeman não dá nenhum show). Mas pode ter certeza que os efeitos especiais não deixam nada a desejar.

